A escolha de um conjunto para o transporte frigorífico pode gerar muitas dúvidas para um operador logístico. As características próprias do caminhão, do implemento e da carga fazem com que a escolha do equipamento certo seja um bom desafio.
Tomar a decisão correta é um desafio que passa pelo entendimento dessas características e como ela incidem sobre o negócio. Assim, uma análise mais aprofundada é sempre bem vinda no processo de escolha.
Neste artigo, você vai encontrar os principais parâmetros para ter segurança na tomada de decisão. Boa leitura.
Análise geral
O primeiro desafio de quem inicia na logística fria é decidir qual caminhão comprar. Normalmente essa é uma escolha delicada em que o comprador precisa pesar diversos fatores como:
●Custo de aquisição inicial;
● Custo do quilômetro rodado (que inclui consumo de diesel e manutenção preventiva);
● Manutenção Facilitada (encontrar suporte e assistência técnica ao longo de toda a rota prevista);
● Opcionais de segurança e de conforto.
Isso tudo tem que estar aliado à confiabilidade do caminhão, afinal ele é uma ferramenta de trabalho que gera receita enquanto estiver rodando. Logo, ter um frota de qualidade, sempre apta para pegar a estrada, é um fator crítico de sucesso.
Porém, a escolha de um caminhão para transporte frigorífico tem suas particularidades. São questões próprias do segmento, da operação e tipo de produto transportado que precisam ser consideradas com mais profundidade para que a escolha seja acertada. Vamos a elas.
Capacidade de carga do caminhão
O Peso Bruto Total, conhecido como PBT, é o peso máximo total que o caminhão pode ter quando estiver carregado. É uma medida importante para a escolha do caminhão, sendo definida pela montadora. O PBT é peso máximo de rodagem do veículo, sendo todos os outros cálculos feitos a partir dele.
O PBT deve considerar os seguintes itens no peso final do conjunto:
● Chassi do caminhão
● Implemento
● Carga a ser transportada
● Motorista
● 90% do tanque de combustível
Como o peso do motorista e do combustível são os menores neste somatório, podemos constatar então que a capacidade real de carga a ser transportada – também chamada de lotação – é o resultado da subtração do PBT dos pesos do caminhão e do implemento (baú, carroceria, etc.).
Logo, a lotação é a capacidade de carga líquida que o caminhão pode suportar, como na conta abaixo.
LOTAÇÃO = PBT – PESO DO CAMINHÃO – PESO DO IMPLEMENTO.
Caminhão para transporte frigorífico
Baús de carga seca, feitos de alumínio e sem isolamento térmico, são relativamente leves, fazendo que a capacidade de carga útil seja preservada depois de subtraído o peso do implemento.
Por sua vez, o caminhão para transporte frigorífico tem uma tecnologia própria para a conservação da temperatura da carga que faz com que o implemento tenha um peso maior, o que vai impactar no cálculo da lotação. Todo esse peso vai ser subtraído da capacidade de carga do caminhão.
Por isso é importante calculá-lo na escolha do veículo, uma vez que ele irá reduzir a capacidade de carga útil no transporte.
Instalação do compressor do equipamento de refrigeração
Nos caminhões de menor porte, destinados à distribuição local, normalmente utilizam-se equipamentos de refrigeração com compressor acoplado ao motor.
Contudo, o motor possui diversos outros componentes agregados a ele como o alternador, bombas de ar e óleo e, cada vez mais frequentes, o compressor para o ar-condicionado da cabine para o motorista.
Com tantos elementos assim disputando espaço, em alguns modelos de caminhão não é possível a instalação do compressor para o equipamento de refrigeração ou é necessária a retirada do ar-condicionado do veículo.
Altura da cabine
Alguns modelos de caminhão possuem versões com cabine mais alta para dar mais conforto ao motorista. Isso acontece normalmente nos carros feitos para longas distâncias, que têm também leitos para descanso.
Novamente, é preciso estar atento quando na escolha desse item para transporte frigorífico. O condensador do equipamento de refrigeração fica acima da cabine, e um teto mais alto pode impossibilitar o basculamento da cabine ou obrigar que o implemento seja movido para trás, mudando a distribuição de peso do caminhão.
O conforto do motorista é fundamental para o transporte, com o constante investimento em ergonomia para o melhor trabalho do ser humano. Contudo, sempre é necessário ajustar o conjunto frigorífico para dar eficiência ao negócio.
Fazendo a melhor escolha
Como é possível perceber, a escolha de um caminhão para transporte frigorífico leva em conta muitos fatores. É uma decisão técnica que precisa de análises e projeções para que a aquisição traga vantagens para o operador logístico.
A metodologia de trabalho da Boxer contempla a análise de todos esses fatores juntamente com o cliente para se chegar no conjunto ideal para o transporte da sua carga. Antes de fornecer o equipamento a nossos clientes, construímos as soluções mais adequadas a partir dos nossos conhecimentos no segmento e das especificidades do seu negócio.
Conclusão
A aquisição de um conjunto para transporte frigorífico leva em conta alguns detalhes que precisam ser observados. É uma escolha técnica, baseada em análises e que trazem consequências para o negócio.
Na jornada em busca do caminhão ideal, é importante conhecer as variáveis que incidem sobre a escolha, conhecer os equipamentos disponíveis no mercado e contar com uma assessoria técnica de qualidade, como prestada pela Boxer.
O transporte frigorífico é um negócio muito próspero quando a decisão da escolha do conjunto segue os parâmetros adequados.
Esperamos que este artigo tenha sido esclarecedor. Para ler mais sobre o tema, fique sempre atento às nossas mídias sociais ou assine nossa newslet
